PRIMEIRAS IMPRESSÕES: Ohsama Sentai King-Ohger me deixou de boca aberta. Esse é o próximo passo da evolução do Tokusatsu
E Ohsama Sentai King-Ohger finalmente está aqui. E ele superou todas as expectativas e deu aquilo que eu há muito esperava,uma série ousada e ambiciosa que nos tira do Japão comtemporâneo de sempre e nos dá uma Terra alternativa,fazendo o Tokusatsu abraçar de vez a fantasia. Esta é a primeira série de Tokusatsu a se passar num mundo totalmente fantástico,isso é um marco na história do Tokusatsu e como eu disse na minha análise do trailer ele deu o próximo passo pra revolução no Tokusatsu porque essa nova tecnologia 3D usada na série possibilita criar qualquer tipo de mundo fantasioso que seus criadores quiserem. Uma série Kamen Rider em mundo cyberpunk,ou steampunk,ou numa fantasia de espada e capa,como os animes Isekai atuais,um mundo futurista,tudo isso agora é possível.
Os cenários em 3D obviamente não são realistas e não vão te enganar ou fazer pensar que é algo real e isso não é um problema,afinal,isso é Tokusatsu,é pra ser fantasioso,e os cenários dão um aspecto grandioso e dão um tom de inovação tão grande,e com tantos detalhes que me deixaram bem impressionado se tratando de um Tokusatsu. Não é como um filme da Marvel,só lembrando,esses filmes tem um orçamento bilionário diferente do Tokusatsu mas ele impressiona frente a tudo que vemos em Tokusatsu atualmente e o melhor de tudo que ele combina e casa perfeitamente com a série,funciona muito bem. Pela primeira vez sinto no Tokusatsu algo que é facilmente visto em anime que são ambientados em diferentes mundos,realidades,obviamente a mídia ajuda muito e agora temos isso em um Tokusatsu,isso me deixa muto feliz.
Uma coisa muito interessante em King-Ohger é que todos os King-Ohger eram um grupo formado que uma vez conseguiu salvar o mundo de Bugnarak e todos se separaram e formaram um reino cada um.Note que diferente das outras séries onde o Super Sentai inteiro possui um brasão aqui cada King-Ohger tem seu próprio brasão,o que faz sentido já que cada um tem seu próprio reino,então ao mesmo tempo em que eles são uma euipe também não são. E como toda história de fantasia havia uma profecia prevendo o retorno de Bugnarak e os reis precisam se unir mais uma vez e o dia chegou.Logo de cara vemos como King-Ohger é diferente de tudo quando vemos Shugoddam um reino que mescla uma cidade medieval com tecnologia da revolução industrial e vemos as pessoas trajadas como nas histórias de fantasia dançando e festejando,algo tipico dessas histórias, pois os 5 reis se reunirão por lá.Vemos inclusive algumas crianças que conhecem o real Red da série Gira,e eles brincam, sendo Gira o rei malvado das brincadeiras das crianças.Uma coisa interessante aqui é vermos guardas dos reinos tentando cobrar impostos de uma família e Gira interferindo onde a família acha que se rebelar contra o rei irá causar problemas porém Gira não acredita nisso,ele acredita que um rei é justo e bom,é alguém que cuida do seu povo. Vemos que os King-Ohger não são exatamente um grupo feliz de amigos,eles tem alguns atritos,como no caso de Yama Gust que está desconfiado das intenções do rei de Shugoddan Racules que deseja uma unificação dos reinos. Vemos um pouco da personalidade de cada um,os que eu mais gostei foi da Himeno que tem um ar bem confiante e ela é realmente mimada, mas muito inteligente e integra ao mesmo tempo,vemos que Rita é muito durona e sávia e Kaguragi é um cara mais amigável .Yanma tem personalidade forte e não quer ver Racules liderar,porém este se considera adequado por ter sido o primeiro reino de todos.Yanma acredita que Racules está sando essa profecia como pretexto pra tomar o controle total dos reinos mas Racules afirma só querer a paz. Então já podemos ver que aquela coisa de conflito entre membros que vemos em Donbrothers vai permanecer aqui assim como o tom mais complexo da narrativa em alguns pontos.
E então vem a invasão. E que a invasão. Com um estilo que lembra muito Shingeki no Kyojin Bugnarak ataca com um exército de criaturas de gigantes a tamanho humano obrigando os King-Ohger a entrar em ação. Porém Yanma não consegue ativar seu ShuGod os mechas da série e a coisa fica muito complicada pois vemos destruição absurda em escalas grandiosas dando um tom de tensão e clima épico ao episódio. Vemos a amiga de Gira se ferir bem feio porém ele percebe que o rei não se move. Gira acredita que um rei deve salvar sua população se ser bom e justo. Porém o rei não apareceu ainda,quem o salva é Himeno que nem pertence aquela cidade. Então sabendo disso de algum modo ele invade o castelo e pede satisfação pois o povo está morrendo e o rei está parado sem fazer nada. Racules diz que é triste porém uma sacrifício necessário, ele dá como desculpa que Yanma Gust deixou God Kuwagata irritado e por isso ele não desperta. Racules revela seu plano de invadir N'kosopa,o reino de Yanma assim que exterminar os Bugnarak,exatamente como Yanma suspeitava,usando a invasão como pretexto e Racules afirma que a verdadeira paz só pode ser alcançada através da dominação,algo que é inerente ao pensamento de diversos reinos no mundo real e contos de fantasia,aquele velho pretexto de dominar tudo pra ditar o mundo como deve ser feito por acreditar ser o correto ou oe scolhido pra isso.Vayne,personagem de Final Fantssdy XII também era assim,ele acreditava ser o escolhido pra livrar o mundo de Ivalice dos controle dos falsos deuses Occuria que ditavam as regras do mundo e dar o controle total pra Arcadia que acredita ser o detentor do que é bom pro mundo mesmo que o dominio tire a liberdade das pessoas,e exista uma desigualdade social imensa dentro de Arcadia igual os tais deuses que querem tirar. E Gira fica decepcionado e toma uma decisão,ele rouba a espada de Racles que diz que se ele fizer aquilo se tornaria o inimigo do mundo,então com um certo pesar e expressão de dor como se ele estivesse sofrendo pra tomar uma decisão mais drástica Gira começa a encarnar o vilão de suas brincadeiras com as crianças pra dar um golpe de estado e se tornar o novo rei,ele quer dominar o mundo mas diferente de Racles deseja a paz de verdade a seu povo. Como se Gira pensassse numa inversão de valores pois se o rei que diz estar do lado da paz sacrifica as pessoas então o rei maligno é que vai lutar pelo povo de verdade. E isso que faz God Kuwagata despertar e dar seu poder a Gira que se torna o novo Kuwagata Ohger comandando o mecha King-Ohger que elimina a ameaça gigante numa luta fantástica repleta de destruição de cenários é ótimas coreografias. E quando termina racles obviamente reúne os soldados pra capturar o traidor e executá-lo. E assim termina o episódio 1 que nem deu pra ver a hora passar.
King-Ohger parece que vai seguir os passos de Donbrothers em fazer uma narrativa mais flexível com múltiplas coisas ocorrendo no mesmo episódio e isso é excelente,é o formato adequado pra manter você preso e sempre ter algo importante acontecendo mesmo que o tema central não seja tão importante. Era a única preocupação que eu tinha mas pelo visto a reinvenção do Super sentai é realmente pra valer como os Riders Heisei fizeram a mais de 20 anos atrás e estou bem feliz e contente com essa série que é diferente de tudo que já se viu em Tokusatsu e impressiona.Eu espero que esa seja uma excelente série.
Não consigo deixar de sentir que agora seria a hora ideal dos sentai voltarem a ser exportados integralmente para o ocidente,mas infelizmente vai demorar para a hasbro ter coragem de criar sozinha seus "rangers mais diversos" sozinha...
ResponderExcluirE os "grandes especialistas em tokusatsu " ignorando King-Ohger para continuar requentendo velhas matérias sobre séries clássicas também não ajudam em nada!
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