Reflexão da Cultura Pop: Por que a cultura das waifus(e também das fujioshi) é tão forte?
Antes de mais nada eu tenho que dizer uma coisa: personagens de anime são personagens de ficção criadas por uma empresa,com a marca registrada e tudo mais afim de explorar esses personagens comercialmente da forma que ele achar melhor e as pessoas que são o público consomem aquilo que eles querem. Esse papo de personagem representar alguém não existe,personagens de anime são idealizados pro público alvo delas,eles tem comportamentos e atitudes que não correspondem a o que uma pessoa de verdade faria ou se comportaria. Essa coisa de representatividade e é uma invenção de gente que tem intenções maiores por trás,intenções políticas porque é assim que funciona o mundo,bom samaritanismo demais sempre temos que desconfiar e todo mundo que diz que faz algo pelo em do mundo nunca fez caridade de verdade na maioria dos casos.o objetivo do blog é mostrar sempre o porque das coisas relacionadas a cultura pop japonesa e entender como elas funcionam.
Eu não sou nenhum psicólogo,eu vou apenas dizer algo que aprendi observando e com convivência. Uma coisa que precisamos esclarecer bem é que não podemos duvidar da libido humana especialmente a masculina que é capaz de se excitar apenas com sua imaginação. Então sentir atração sexual até mesmo com mulheres de mentira é possível também porque na mente de uma pessoa existe uma mulher ali. E os personagens de anime tem a capacidade de cativar emocionalmente de forma intensa uma pessoa,e esse fenômeno não acontece só com o público japonês, isso também ocorre com muitos fãs de animes no ocidente e podemos até mesmo ver vários sites hentai espalhados por aí. O hentai é um assunto espinhoso que eu não vou abordar aqui. Mas com esse artigo você irá poder ligar os pontos e já imaginar porque o hentai existe. As personagens femininas feitas de forma idealizada com diversos arquétipos feitos sob medida acabam despertando um sentimento que na cultura otaku é chamado de moe(que vem da palavra moeteru,queimar,incendiar pra dizer a intensidade que aquela personagem provoca nele). Obviamente uma personagem feminina acaba sendo mais atrativa que mulheres reais e por isso que o otaku acaba adotando aquela personagem como sua waifu(esposa) embora o termo tenha saído do perjorativo e se referido a qualquer personagem que você goste muito,porém alguns otakus chegam ao extremo de querer se casar com uma personagem de anime ou jogo. Esses casos são os mais extremos. Obviamente esse poder que as personagens femininas exercem sobre os otakus faz toda uma indústria se mover em torno de lucrar com isso criando produtos diversos dessas personagens,e obviamente conteúdo erótico também é comercializado.o chamado fanservice(que vem de serviço para fãs,ou seja é algo que insinua que é o que o fã quer e deseja ver) é colocado em diversas obras justamente porque a revista ou o autor pretende comercializar especialmente pra um público qu quer isso. Por isso que não existe essa coisa idiota de ecchi desnecessário.quem se incomoda com isso tem a opção de simplesmente não consumir.porque ambas as partes querem o ecchi,tanto o público alvo central quanto a empresa ou o autor. E por isso que existem animes,mangás e jogos com conteúdo ecchi ou hentai por aí. Esses dois geralmente vão colocar as personagens femininas em situações de erotismo que são impossíveis de ver no mundo real da mesma forma que a pornografia real com pessoas de carne e osso. A exploração da sensualidade feminina ou masculina é algo muito usado na música. A Shakira e a Rihanna até fizeram um clipe juntas incitando lesbianismo. Cantoras com forte sex appeal são muito comercializadas por aí e isso é no mundo inteiro.
E ao contrário que muita gente pensa esse tipo de coisa não é exclusiva do público masculino,existe o público feminino que consome esse tipo de produto e que também explora a própria sensualidade fazendo cosplays sexys e provocantes na internet. E existe um tipo de fanservice especial feita sob medida para mulheres que é o Boys Love,obras que abordam elações homoeróticas ou apenas homoafetivas e as garotas desenvolvem fetiche com dois homens se pegando mesmo,e a elas é dado o nome de fujioshi.
E se você é o tipo de pessoa que acredita que proibir ou censurar esse tipo de coisa irá parar isso está completamente enganado Porque mesmo se você achar que ecchi é uma coisa desnecessária ou até mesmo prejudicial saiba que a falta dela não vai impedir o otaku de criar suas próprias fanzines eróticas imaginando as personagens que eles amam fazendo coisas eróticas. Um exemplo muito claro disso é a série Sailor Moon que é uma obra Shoujo,ou seja focada no público feminino que não contém ecchi ou algo do tipo mas que mesmo assim fez com que a personagem mais recatada das Sailors,a Ami Mizuno fosse alvo de inúmeras artworks e fanzines hentai com ela. Um anime como Precure feito pro público feminino infantil acontece a mesma coisa. Apenas o fato de serem personagens fofas e bonitinhas já é motivo suficiente e a mesma coisa acontece com as fujioshi que criam inúmeros fanzines com personagens de animes masculinos que elas shippam(shippar é um termo de quem torce ou cria histórias de casais de personagens),e personagens que até tem namoradas ou esposas nas histórias oficialmente,mas elas não querem saber e farão isso pra realizar seus fetiches.
Algumas coisas como certos arquétipos de personagens existem por conta de alguns fatores. No Japão o padrão idealizado de mulher são as kawaii ou fofas se preferir. Então as lolis surgem de um sentimento extremo por personagens kawaii,então basta raciocinar porque muitos arquétipos surgem por aí.
As pessoas no geral gostam daquilo que as atrai. Muitas vezes apenas uma personagem especifica que seja atraente já é suficiente pra popularizar uma obra. É o caso da franquia Atelier um JRPG da GUST que era uma série de nicho dentro do nicho e que ficou popular recentemente graças a uma personagem feminina que cativou muitos pela beleza imensa e o carisma que ela tem que é a Ryza. Graças a isso a franquia atelier conseguiu atingir a marca de 1 milhão vendidas só nos games onde a Ryza é a protagonista,algo que nunca conseguiram vender,e conseguiram por conta do apelo de uma única personagem.
Muitos justiceiros sociais e muitos conservadores tem idéias erradas sobre o fanservice. O segundo grupo acredita que a alta cultura faria o ser humano ser mais íntegro o que não é necessariamente verdade, porque o que não falta na história da humanidade são nobres que tem filhos bastardos e destroem suas famílias pulando a cerca mesmo tendo acesso a música clássica, os melhores livros e tudo mais. E por que?porque isso depende da índole da pessoa. Se for a pessoa que cede facilmente a seus desejos a ponto de não resistir em trair ele vai trair independente da educação que ele teve. Por isso que não existe meio de você querer controlar a vontade humana.
"Personagens de anime não são obrigados a ser representações realisticas de pessoas" é exatamente o que muitos "fãs" ocidentais não conseguem aprender.Como um blogueiro israelense-americano conservador que recentemente fez uma tempestade em cima de um antigo episódio de Pokemon onde Misty aparece de bikini
ResponderExcluirtratando como algo no mesmo nível de "Cuties" ou pornografia mesmo(lembrando que só porque idiotas de direita não tem o mesmo poder de censura que idiotas SJW não significa que não incomodam ninguém).Em contrapartida SJWS americanos(os mesmos que defendiam Cuties) até outro dia xingavam Yashahime pelo relacionamento "imoral" de Seshoumaru e Rin .Mesmo depois que foi anunciado que a personagem tinha 18 anos os "justiceiros" ainda diziam ser um romance bizarro e tóxico,não entendendo que a proposta da obra dee Rumiko Takahashi foi ser um "conto de fadas feudal" ,portanto não deve-se esperar romances realisticos do mesmo jeito que não se deve esperar que Naruto e Boruto retrate todas as consequências sombrias de se treinar garotos para serem guerreiros.Mas infelizmente vivemos uma época insana onde os principes de branca de Neve e A Bela Adormecida são criminalizados enquanto gente na lista de Jeffrey Epstein permanece livre...
E se por um lado a midia americana prega que representatividade deve superar a fantasia e quem reclamar de coisas como a Teela anabolizada e a April Ò Neil obesa será perseguido como um tarado,por outro certos cartoons woke escondem certos fetiches bizarros como o recente 12 Forever que foi cancelado quando sua criadora sjw se tornou suspeita de "gostar de crianças" no mau sentido(e ao contrário do incidente com Watsuki,os americanos "progressistas" preferem fingir que não houve nada).
ResponderExcluirEu não assisto Miraculous Ladybug a um bom tempo mas não tenho preguiça de ler sobre obras que não gosto,então percebi certas coisas interessantes.O criador francês Thomas Astruc é um SJW de nível máximo ,mas por Miraculous ser uma co-produção que tem que ser exibida em certos paises asiáticos não possui liberdade para ter mensagens "proguessistas" explicitas e tem de ser muito sutil com certos coadjuvantes gays.Mas nas últimas temporadas Astruc deu um jeito de enfiar mensagens woke de modo sorrateiro mas que fica mais claro em certas ocasiões: um policicial honesto recorrente de repente aceitando uma prisão injusta motivada por xenofobia,o co-protagonista Chat Noir sendo deixado de lado em favor de heróis secundários mais "diversos"e a personagem impopular Zoe se revelando lésbica(sutilmente) para calar seus criticos.Mas ironicamente Miraculous tem sido desprezada por SJWs estadunidenses por vários motivos,mas o principal é Ladybug ser "sexualizada em excesso"(se fosse uma sitcom seria hora das risadas)exibindo todo o retardamento dos americanos que ficaram tão mal acostumados com personagens feiosas em vários "steven universe" da vida que uma unica heroina ocidental com beleza mais tradicional é vista como se fosse uma menor de carne e osso estrelando um filme XXX.No final Miraculous foi um enorme desperdicio de potencial mas de certa forma ajudou a expor um pouco mais a loucura atual.
ResponderExcluirFaço o possível para não ficar paranóico como certas pessoas que acham que "nenhum rider recente é um herói de verdade",mas ao ler essa semana sobre A Pequena Sereia ficando em primeiro nas bilheterias japonesas e sobre politicos japoneses quererendo agradar americanos espero que em um futuro próximo personagens como as vistas nessa matéria comecem a sumir e tenhamos animes com a mesma "qualidade " de "She-ra 2018"...
ResponderExcluirNo comentário acima esqueci de colocar um não antes de "comecem a sumir" o que alterou o sentido da frase.Ninguém normal quer um futuro "progressista".
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