Dragon Ball GT: o futuro alternativo de Dragon Ball e que possui um sentimento de despedida e o fim de uma era
Uma das coisas que mais me impressionam em produções japonesas é em como eles conseguem as vezes transmitir os sentimentos de quem faz em determinadas ocasiões especiais ou excepcionais.The King of Fighters 2000 foi um exemplo disso e seu antecessor também de certa forma pois foi um jogo criado em meio a falência da SNK e sua equipe trabalharia pela última vez no título que foi feito em cima desse sentimento e acabou sendo uma grande homenagem a SNK com Strikers vindo diretamente de vários jogos da empresa.A música Goodbye Esaka(lugar onde fica o prédio da empresa) é um bom exemplo disso.O jogo era excepcionalmente bonito,nas artes,nas cores vibrantes,na animação,até efeito de negativo e cores metálicas tinham,algo que nunca pensei que o Neo Geo tinha.Eles queriam se despedir em grande estilo e as músicas também refletiam nisso.E Dragon Ball GT passa esse mesmo sentimento.Anteriormente falei sobre Cutey Honey Flash o último trabalho da equipe responsável por Sailor Moon e como isso representou o fim de uma era que durou 5 anos.Pois bem GT é a mesma coisa e vai além disso onde os produtores passaram todo sentimento de carinho que eles criaram pela série onde trabalharam por longos 10 anos.A idéia da Toei além é claro de lucrar mais um pouco com a série era dar mais trabalho pra equipe não ficar desempregada.Em comum acordo com o autor e a editora,claro.Dessa vez sem se basear em nada e sem seu autor criando diretamente a história.Esse fator fez com que muitos acreditassem que DBGT era apenas um caça níqueis feitos pra lucrar mais com a série sem se preocupar com a qualidade e inclusive isso refletiu na minha história com esse anime.Na época esse sentimento era igual pra mim,eu sabia tudo que acontecia na série pelas revistas da época,eu não gostei dos rumos de certos acontecimentos como a morte do Piccolo,a partida do Goku,o fato do Shenlong ser o inimigo,de não saber que as esferas negras eram outras.Isso aliado as cartas dos fãs no mangá da Conrad que apontavam os furos e incoerências da obra.Naquela época todos consideravam DBGT como a verdadeira continuação da série mas devido aos erros e o fato de não ter Akira Toriyama escrevendo a história essa idéia de caça-níquel ficou muito forte,ainda mais quando a internet escancarou os termos canone e fillers que ganharam a conotação negativa por causa do anime Naruto cujos 220 episódios apenas 128 deles foram adaptados e a maioria das histórias originais era péssima e isso criou um efeito negativo em tudo que não é criado pelo autor.Eu acho válido que as pessoas deixem claro quando o erro é da equipe do anime pra isentar o autor,acredite eu já vi análise de Naruto pelo anime da temporada Shippuuden criticando erros cometidos pelos roteiristas do anime e não pelo autor. Porém isso também criou um sentimento de hyper valorização pelo que o autor cria,invalidando conteúdo de terceiros e isso chegou ao ponto de falarem por aí que o Super Saiyajin 4 não existia por ser filler,mesmo sendo um personagem oficial usado em jogos e produtos,o mesmo aconteceu com o Cavaleiro de Cristal,apenas porque ele não foi criado pelo Masami Kurumada,algo que é uma bobagem e me fez questionar esse termo que eu acho errado,o anime é uma adaptação deveria ser considerado um novo canone com sua própria versão da história e suas próprias histórias originais e não algo que você simplesmente ignora,a não ser que não tenha uma conexão com a história como os fillers de Naruto Shippuuden do segundo exame Chuunin por exemplo.
Agora vem o grande plot twist,o conceito ocidental de canone e o não Canone que é uma invenção do ocidente e não se aplica de fato a forma narrativa japonesa de se contar histórias,na verdade no Japão esse conceito não existe,e o que temos lá temos a cronologia original que é sempre a obra original,que no caso de Dragon Ball é o mangá,e suas adaptações como versões alternativas dessa mesma história,tanto que ela pode conter mudanças e história originais(que é como os japoneses chamam os fillers) é algo chamado de gaiden que é basicamente quando uma série ganha ramificações na sua linha narrativa seguindo caminhos alternativos em múltiplas séries,sem ser um multiverso,muitas delas até mesmo alteram a forma como a história é contada tendo elementos próprios que contradizem o original,outras podem ser futuros alternativos,como se a história se ramificasse em múltiplas vias(que é o caso do GT). Nesse caso é possível criar diversos futuros alternativos ou até passados,até mesmo presentes alternativos e inúmeras obras como Captain Harlock ou mesmo Saint Seiya que possui o Lost Canvas que é um passado diferente do Next Dimension,o Saintia Sho que é um presente alternativo onde as Santias existem e mesmo o Episode G e o Episode G Assassin tendo o mesmo nome e autor as histórias não tem ligação.E antes mesmo de saber disso eu acreditava que Super era a linha principal de Dragon Ball porém na verdade como o Super anime e mangá são ambos diferentes,ambos trabalham em conceitos criados pelo Toriyama mas a forma como a história se desenvolve então aparentemente levando em conta o que anda acontecendo no anime do Daima o mangá do Super é a continuidade original do mangá de Dragon Ball e o Super anime apenas do anime de DBZ e do DB,mas eu acreditei que o GT é um fillerzão sendo que ele é uma trama alternativa não descartada,ele ocorre se o es evento do Super nunca tivesse ocorrido,é como ter uma linha de duas vias pra onde a trama assim como Mazinger Z,Great Mazinger que se dividem entre o Grandizer e o Filme Mazinger Z Infinity que ignora o Grendizer e um cocneito diferente do canone ocidental e depois de um tempo eu passei a enxergar os fillers de Dragon Ball com outros olhos,eles tem histórias muito legais como o aniversário do Gohan por exemplo,eu preferi o DBZ ao invés do Kai por conta disso,eles mostram mais dos personagens como o desenvolvimento do Gohan no deserto,o aniversário como já citei,a reunião pós Majin Boo etc,e com essa mentalidade depois de quase 20 anos resolvi assistir a série incentivado principalmente por muitos personagens do GT estarem presentes no jogo FighterZ o que pode decidir se devo ou não adquirir tais personagens. e inclusive o GT em algum momento foi sim considerada a real continuação do anime de Dragon Ball e Dragon Ball Z,uma vez que ele usa até mesmo algo original criado pro anime pra criação de um dos seus mais icônicos vilões dessa saga,e por declarações antigas de pessoas envolvidas em sua produção,o próprio Toriyama, porém eles mudaram de idéia com a criação da Batalha dos Deuses,do Renascimento de Freeza e o próprio Dragon Ball Super tornando-o um Gaiden da franquia,um futuro alternativo,e uma prova disso é a declaração mais recente do Toriyama sobre o GT onde ele considera o mesmo um futuro alternativo mesmo que antes ele validava o mesmo como a continuação cronológica real do anime.E o mais engraçado nessa história toda que confunde a cabeça dos fãs é o anime de Dragon Ball Daima que ignora os eventos do Super,e que por usar o estilo de traço e mostrar as cenas da saga Majin Boo ele poderia ser a sequencia oficial do mangá Dragon Ball que é a cronologia principal então as adaptações em anime teriam sua própria continuidade onde se dividem em Dragon Ball GT e Super.A minha surpresa ao ver GT(no idioma original vale dizer) é que o anime era melhor do que eu pensava e tudo que eu pensava dele na adolescência estava errado.
Nada como conhecimento e amadurecimento pra te fazer enxergar melhor as coisas e agora eu consigo perceber coisas que não podia antes e foi justamente esse sentimento de despedida que os produtores queriam passar nesse anime.GT é uma homenagem a tudo que foi feito na franquia e a série é feita de uma forma diferente,com grande carga sentimental.Começa já na abertura que se tornou icônica por causa da bela música mas notem que dessa vez não optaram por criar uma música própria e animada da série como Cha-la-Head-Cha-la e We Gota Power,dessa vez as músicas são licenciadas de bandas famosas da época.Então Dan Dan Kokoro Hikareteku da banda Field of View é justamente um rock bem melodioso e romântico,como se quisessem mostrar o quanto gostavam de Dragon Ball com ela,até mesmo a abertura é diferente,as OPs de DB e DBZ mostravam mais o mundo e nesse mostram momentos da viagem de Goku Trunks e Pan em artes belíssimas e bem animadas que lembram as artes de capa do mangá feitas por Toriyama tal qual a sua ED Hitori Janai que são imagens paradas que seriam perfeitas caso GT fosse um mangá pra suas capas.A trilha sonora agora feita por Akihito Tokunaga já que Sunsuke Kikuchi tinha se aposentado segue essa proposta diferente,e bem diferente do anterior tendo mais músicas com tons sentimentais que vão ajudar em certas cenas emocionais que veremos a frente.A produção também é belíssima,eles capricharam muito dessa vez.Chamaram Katsuyoshi Nakakatsuru que fez poucas coisas no Z pra ser o novo character design e diretor de animação principal,seu traço muito próximo de Akira é bem diferente do que vemos e deu um charme a mais fora que agora nção tem tanto aquela troca absurda de diretores gerando um monte de designs destoantes como em DBZ.A fotografia que tinha mudado na saga Majin Boo sendo bem vibrante,bem próxima de filmes anime da época ficou mais bonita ainda,a animação tem um cuidado maior mesmo numa época onde as produções eram ainda meio niveladas,mesmo com com animes como Evangelion e Cowboy Bebop(esse 1 ano depois do fim de GT) tenham colocado as produções pra TV num outro patamar,aqui no GT tudo é muito bonito mesmo.No O primeiro arco pareceu ser uma homenagem ao primeiro Dragon Ball onde a série assume novamente a narrativa de uma Road Trip,uma jornada,uma grande aventura pelo mundo tal qual era a obra no início.Curiosamente foi a única participação de Toriyama na série,foi ele que deu a idéia da viagem pelo universo,e criou designs pros nossos protagonistas(a Pan ficou fantástica),dos persoangens da série(inclusive o famoso e polêmico Vegeta de bigode) o que é irônico ele não ter usado isso no mangá quando decidiu expandir a série pro espaço.A idéia do Goku criança pra enfraquece-lo,visto que era forte demais pra uma jornada do tipo,mesmo que a busca espacial dificulta mais a jornada(afinal guerreiro Z agora atravessam o mundo em questão de segundos com seus poderes) e isso é visível quando Goku falha em usar seu Teletransporte que os tiraria de uma situação difícil de cara,e sem querer isso fez esse sentimento de nostalgia mais ainda.Toriyama deu a sugestão do nome que é Grand Tour,uma grande viagem e também fez os novos designs de Goku,Pan e Trunks que ficaram sensacionais.Mesmo a jornada não sendo tão criativa quanto se fosse o próprio Toriyama que tivesse escrito a interação e o carisma dos personagens ajudam a passar esse sentimento de Dragon Ball.Sorte da staff conhecer tão bem os personagens quanto o autor pois o carisma e a interação entre eles continua sensacional.A Pan que conhecemos era uma criança inocente e gentil mas agora que é adolescente tem uma personalidade mais definida e ela é super carismática e o ponto mais alto dessa saga,Pan tem personalidade forte,mas não como Videl ou Bulma,ela tenta mostrar que não é criança sendo esperta e com atitude,ela está sempre tentando provar que é capaz,tanto que é engraçado quando ela tenta ficar com todo mérito pelo resgate das Dragon Balls,e mesmo não querendo ser tratada como criança vez em quando chora e faz birra,um momento legal é quando ela “assopra e morde” onde de forma meiga pede um favor e quando recusada fica furiosa na mesma hora perdendo a pose.Ela é bem esperta e decidida,e isso trouxe problemas mas salvou de outros também. E ela também possui problemas de se adequa a sociedade,é rejeitada pelos namorados assim que descobrem sua força e talvez seja por isso,e pela necessidade de ela manter o status da linhagem do Mr Satan e não ter tido um mentor como um Goku que ensine até mesmo ela controlar o próprio poder que é a fonte de seus problemas na convivência em sociedade como humanos normais e ela acabou se tornando meio rebelde até mesmo o seu visual reflete isso.mesmo ela dando bronca no lado crianção do Goku e querendo ser adulta ela é fundamental pra resgatar o Goku da transformação em Oozaru SSJ resgatando aquele sentimento familiar que ela tem no final do Z. Ela acabou se tornando minha personagem feminina favorita de Dragon Ball,espero que se continuarem a série,talvez criando uma série sucessora do Super coloquem a Pan com mesmo visual e personalidade da GT.O Trunks do presente é diferente da versão do futuro,no inicio vemos ele mantendo a pose de presidente da Capsule Corp porém ele odeia isso e dá umas escapadas,ele é o cara que não curte a vida burocrática de uma grande empresa,e prefere a liberdade,a maioria das cenas de humor acaba sendo com ele,e ele mostra ser muito inteligente quando elaborou o plano que enganou o Dr. Myu por exemplo.E Goku é o Goku de sempre,acho que todos já o conhecem bem. Eu sei que pra muitos este arco soa um retrocesso pois todos estão habituados as batalhas titânicas e o fato do DBZ ofuscar completamente o primeiro DB isso era esperado,mas quem é fã de tudo,especialmente da primeira fase como eu vai sentir nostalgia e entender esse arco como essa homenagem necessária,eu gosto de pancadaria,mas gosto mais da interação dos personagens e personalidade deles.E o trio funciona muito bem juntos,eles conseguiram quase totalmente trazer esse sentimento do primeiro Dragon Ball.
Basicamente o plot envolve Pilaf roubando umas esferas diferentes,seladas,as Ultimate Dragon Balls de estrelas negras e fazer Goku sem querer voltar a ser criança e essas esferas criadas por Kami-Sama antes de se separar em dois se espalham pela galáxia,e ainda tem o efeito colateral de que se não forem reunidas dentro de um ano o planeta de onde foram evocadas explode dando a urgência da jornada.Não é muito criativo mas tudo que veio depois é por causa disso,pois o grande vilão do arco 2 só existirá graças a jornada. No inicio percebemos algumas homenagens como um arco onde um monstro leva uma mulher de uma vila como esposa tal qual o Oolong fez no primeiro Dragon Ball.A trama obviamente não fica apenas em viajar por aí por problemas menores pois muitos dos problemas estavam interligados com o primeiro vilão ao estilo Red Ribbon,que é o Dr. Myu que deseja as esferas pra completar a ressurreição de Baby,um Tsufurujin perfeito criado da fusão de mutante com máquina,e o robô Gill tem ligação direta por ter sido criado pelo vilão,então tudo é bem amarrado aqui,mesmo não sendo muito criativo.O Tsufurujin é um elemento exclusivo do anime,eles eram habitantes originais do planeta Vegeta que foi tomado pelos Saiyajin,o Baby é fruto da tecnologia avançada que tinham,parte dela usada pelos Saiyajin conforme o episódio extra do anime onde o Sr Kaioh conta a história dele,e aqui eles seguem a mesma história acrescentando apenas o Rei Vegeta como responsável,que eles tiraram de um jogo de DB de Nintendo que ganhou um remake na forma de um anime interativo no desconhecido videogame da Bandai,o Playdia e que teve um remake em OVA junto do jogo DB Raging Blast 2 do PS3 e X360.Nele um cientista sobrevivente dos Tsufurujin elaborou um androide chamado Hatchijack pra se vingar dos Saiyajins.É uma coisa até engraçada porque o Dragon ball GT de fato segue a linha de história do anime incluindo os acréscimos feitos.E nesse fato GT parte pra homenagear DBZ e deixa totalmente de lado a busca pelas esferas pra focar em Baby e sua vingança,toda a busca pelo restante das Dragon Balls que sem o vilão atrás deles se torna mais fácil e prolongar isso seria desnecessário então o foco muda pra aquilo que todo mundo gosta,a pancadaria frenética contra vilões superpoderosos.Baby apesar de parecer ter um propósito nobre em se vingar de uma injustiça cometida a seu povo é alguém criado sem amor e que não entende o sentimento dos personagens,sendo tão ou mais insensível que qualquer Saiyajin,isso fica claro quando ele domina os corpos dos personagens não entende certas questões familiares e sentimentais.Logo a vingança de Baby se converte numa tirania querendo todo o universo sob seu controle e os seres vivos como seus escravos.Mesmo sendo reaproveitado de um conceito original do anime,o fato de ter um vilão com ligação direta com os Saiyajins me lembra mais a saga Freeza principalmente porque Goku também consegue uma transformação em Super Saiyajin que surpreendeu o público.Esse foi o ponto mais alto da série pela maioria dos fãs,até dos que odeiam a série pois o design(feito pelo Nakatsuru) é realmente impactante e imponente,a idéia por trás é criativa mesclando a transformação de Oozaru abandonada com o tempo na franquia com o Super Saiyajin gerando uma nova evoluçâo,uma espécie de forma mais primal e selvagem que reflete no seu design que cativou até mesmo quem odeia essa série.Mas o que mais surpreendente é o contexto dela que veio da parte sentimental da staff que comentei antes).Todas as transformações chaves de SSJ foram na base da fúria.Aqui Goku vira um Ozaru Dourado descontrolado destruindo tudo que vê,e Pan vendo isso e principalmente a reação do Ozaru ao ver a Terra como se quisesse ir a ela fez ela perceber que seu avô ainda tava ali e vendo uma foto que saiu da mochila da neta Goku vê um momento familiar na praia,todos rindo e se divertindo,e ironicamente no flashback vemos Goku dizer que gosta de lutar mais momentos assim também não são ruíns,e com a súplica da Pan e suas lágrimas ele começa a ter uma reação com a voz dela alcançando sua alma representada tanto pelo Goku adulto quanto criança e ele também solta uma lágrima e se torna o SSJ4 de fato.Ao invés da ira,foi por sentimento,algo não relacionado a luta,que é o Goku mais adora,o que faz dessa uma cena tão tocante e marcante que chega a ter um certo tom de beleza. É bem interessante essa abordagem distinta,inclusive Masako Nozawa arrebenta ao interpretar um Goku bem imponente,com uma fala mansa e com um tom de arrogância,lembrando quando ele lutou contra Freeza.A luta contra Baby em sí não é lá muito emocionante,cai naquele clichê do herói que fica mais forte numa nova forma e humilha o vilão que no último momento consegue outra transformação(Ozaru Baby) apesar de que o vilão não supera o herói totalmente,tanto que tem que trapacear atacando a Terra,depois de numa troca de golpes,ambos caem desacordados,Bulma sob controle usa as ondas Blutz pra dar poder total novamente,Goku desperta mas com o poder acabando,Kaiohshin usa a Choushinsui,água sagrada pra libertar Gohan e cia que tem de passar seus poderes pra Goku ficar com poder máximo novamente,com muito custo conseguem e finalmente Goku consegue superar o vilão que sai do corpo do Vegeta e foge sendo pulverizado por um Kamehameha.Nesse arco Oob tinha lutado contra Baby e perdido fazendo o Majin Boo se sacrificar pois os dois que originalmente eram um só se unirem novamente numa cena de despedida tocante,mas Oob não consegue deter o vilão porém a própria derrota dele sendo um plano pra impedir Baby,inclusive dando um tempo pro Goku se restaurar com os demais deixou a participação dele decente.Esse arco foi interessante pelo fato do vilão ter dominado a Terra enquanto Goku estava fora.Quando ele volta encontra todos como seus inimigos,essa parte foi bem legal,Baby não é o melhor vilão mas cumpriu o seu papel de uma forma satisfatória até,poderia ser melhor,a gente percebe que os roteiristas não passam a mesma emoção na luta como Akira Toriyama faz.O pós arco envolve a explosão da Terra após a perda das Ultimate Dragon Balls.Enquanto todos movem as pessoas pro planeta Tsufuru, Piccolo toma uma decisão após salvar uma criança:ficar e levar consigo as Ultimate Dragon Balls impedindo outra situação.Essa parte é bem tocante porque dessa vez não tinha mais volta,os personagens de DB sempre voltavam após morrerem e dessa vez não era possível tornando essa situação mais triste e significativa,de um personagem muito icônico.
Nesse intervalo foi exibido um especial de quase 1 hora de GT chamado Gokū Gaiden! Yūki no Akashi wa Sūshinchū(olha aí o gaiden de novo,é o gaiden dentro do gaiden) que traduzindo seria Goku: A Prova de Coragem Está na Esfera de 4 Estrelas, tendo a história se passando 100 anos depois e como o nome já diz esse é outro futuro alternativo ao próprio futuro alternativo que o GT é visto que ele foi produzido antes do final da série desconsiderando o que aconteceu no final verdadeiro da série pois as Dragon Balls continuam na Terra e todos os guerreiros morreram de causas naturais.É difícil acreditar que as Dragon Balls ressurgiram e todos os diálogos não sugerem que algo ruím ocorreu com elas no passado como se sempre estivessem ali.Nele Goku jr um descendente de Goku e tataraneto da Pan que continua viva mesmo após 100 anos é covarde e sofre bullying na escola.Mas quando sua tataravó passa mal ele vai atrás da Dragon Ball(sem conhecer a lenda toda das 7) de 4 estrelas no Monte Paozu.Vendo uma certa bravura,Puck um dos que zoavam com Goku Jr,e eles embarcam numa aventura road trip bem no estilo do primeiro Dragon Ball passando por perigos e enfrentando inimigos que despertam a coragem escondida do garoto.É um especial ok e que funciona no que se propõe.
No retorno a série normal a coisa começa a desandar.O roteiro começa a dar desculpas pra mais vilões surgirem e temos a história mais sem pé nem cabeça pois Gero e Myu se unem no inferno pra construir um androide 17 que pudesse se fundir ao 17 normal e criar um novo mais forte que o Cell.Essa saga é clara referencia a saga Cell e a Red Ribbon a principal organização que enfrentou Goku.Porém como raios no inferno conseguiram construir um robô e tomar o lugar prendendo os Oni que cuidavam de lá é um mistério e uma forçação de barra terrível. Fora os erros como Trunks e o Goku SSJ4 sentindo o Ki dos Androides que não deveriam ter Ki.O Androide 17 sobre influência do 17 do inferno mata Krilin e prende Goku no inferno já que um buraco se abriu entre ele e a Terra.Aqui talvez temos uma coisa bem curiosa,quando as emissoras de TV reportaram a invasão dos vilões revividos do Inferno aparecem na tela alguns vilões dos filmes como o Cooler,isso aqui tá parecendo ser um easter egg,uma forma talvez dos produtores também homenagearem os filmes já que eles estão envolvidos com eles também,que faz parte do clima de despedida que o GT quer passar.Curiosamente o Goku usa o Ryuken Bakuhatsu um golpe que ele só usa no filme 13.
Goku humilha Freeza e Cell e com ajuda de Piccolo sai do inferno pra salvar o dia numa luta pouco inspirada graças a 18 que ajudou.O bom do arco é que ele juntou os eventos como consequências diretas,e isso foi o mesmo com o derradeiro arco final,referencia a saga Majin Boo onde energia negativa,aqui chamada Minus Energy vinda dos desejos feitos em sequencia pelas esferas e que se acumularam criaram seres malignos chamados Jaku Ryuu e que foi motivo do meu rage com GT por muitos anos.Revendo agora,sigo não gostando porque eles sem muitas idéias decidiram tornar Shen Long o inimigo,algo reprovável porque eles pegam algo que era bom que eram as Dragon balls e tudo que elas fizeram,unindo todos esses personagens hoje trazendo coisas boas,revivendo mortos injustamente pra algo ruím e negativo que não deveria ser usado.Basta vermos o final do primeiro Dragon Ball,eu duvido que Toriyama criaria esse tipo de história mesmo que fosse pra tentar surpreender o público.E cheio de explicações forçadas e foreshadows bizarros onde do nada o Kaiohshin já tinha explicação pra tudo,e mesmo assim não impediu ninguém de seguir usando as esferas,e o Popo que foi pior ainda,numa época que ninguém sabia que Kami-Sama era Piccolo ele ouviu em algum lugar(é sempre assim que os Jaku Ryuu apareceram numa parte da galáxia e devastaram tudo.Onde foi isso?não é explicado.E se ele sabia que era por conta das Dragon Balls por que não impediu?os criadores das esferas não sabiam desse efeito colateral da Minus Energy?é tudo muito jogado pra termos mais um grande inimigo.E como só Goku tinha o SSJ4 lá foi ele resolver sozinho como de costume nessa série mais ao menos tem a presença de Pan pra gerar algumas boas cenas de humor e outras mais sentimentais.Fora isso a única coisa realmente boa nesse arco foi de terem mantido o Dragão Si Xing Long como o único sem perversidade,em referencia a esfera que é lembrança do avô de Goku.No mais o vilão final acaba repetindo velhos clichês como o vilão ser forte,o herói cria um power up que humilha o vilão,esse ganha outro power up e humilha o herói,aí vem a fusão Gogeta SSJ4 que assim como Vegetto na saga Boo fica brincando e a fusão desfaz,e todo um drama pra tentar vencer sem poder suficiente com direito a um episódio inteiro com Goku e Vegeta tentando a fusão e Iy Xing Long atrapalhando.Note que Vegeta sabe a fusão como se isso já tivesse sido feito antes.Temos mais erros com Goku e Vegeta tentando a fusão de novo logo após a anterior sem levar em conta a regra da espera de 1:00.Quando os personagens se perguntam porque não funcionou eu até imaginei esse como um motivo que ninguém da série viu.E aí o final mais confuso e que gera por muitos anos teorias sobre ele.Na minha assim que Goku engoliu a esfera de 4 estrelas (Si Xing Qiu) ele provavelmente foi afetado pelo poder estranho talvez da Minus e da energia positiva juntos e deixou de ser humano,tanto que ele aguentou o ataque devastador do Iy Xing Long e mesmo recebendo tudo de peito aberto não cedeu,num vilão que humilhou o SSJ4.Goku provavelmente se tornou uma entidade que se tornou um só com as esferas e talvez tenha virado uma espécie de espirito guardião delas.Num diálogo Pan diz que seu avô parecia um Deus com a Genkidama(note que Goku não se sabe como convenceu as pessoas da Terra sem o Mr. Satan,diferente da saga Boo,pelo menos a parte dos poderes virem dos planetas visitados foi um toque bacana),e Vegeta percebeu o que ocorreu.Essa parte da despedida é bem significativa,Goku visita um revivido Krilin e relembra a infância,e visita Piccolo e no aperto de mãos novamente vemos um raio surgir indicando algo estranho com Goku que desaparece com Shen Long ao se fundir com as Dragon Balls.100 anos depois vemos o agora introduzido oficialmente Goku Jr. num Tenkaichi Budokai lutando com um descendente de Vegeta.O pensamento da velha Pan indica que as famílias de ambos nunca mais se viram nesses anos todos e Goku aparece adulto uma última vez.E assim GT termina.
Pra finalizar GT trás um misto de sensações.Você realmente percebe o carinho da equipe e a tentativa sincera de homenagear a série criando momentos mais sentimentais como a transformação do SSJ4,a morte definitiva dos personagens,nas músicas,em recriar eventos de Dragon Ball e DBZ,mas também mostram o quão importante é o autor da obra e em como ninguém consegue recriar a mesma magia que Toriyama cria,aliado ao criativo roteiro.o próprio Dragon Ball Super dá um banho de criatividade e expansão do já enorme universo da série enquanto GT parece uma versão gigantesca dos filmes da franquia,a maioria com histórias bem chinfrins que nem chegava aos pés das séries.É muito difícil ser tão genial quanto Toriyama foi mas se esforçaram ao menos como na idéia do Baby,do SSJ4 que foi até criativo(note que Vegeta precisa do aparelho de ondas Ultra Blutz pra se transformar,só Goku consegue quando quiser),do carisma dos personagens como a Pan(e sim um personagem pode ser bom mesmo sem precisar ser forte ou ter que “mitar”) e temos o Vegeta aceitando sua vida na Terra(inclusive aquele Vegeta de bigode e roupas casuais ao invés de seu uniforme de Saiyajin é uma prova disso) e sua inferioridade que é uma sequência direta do que vemos no Z,a aceitação de Vegeta de aceitar dessa vez o poder das Ondas Blutz não por orgulho bobo como o poder do Majin de Babidi mas pra proteger um planeta que ele também chama de seu como forma de apesar de coisas estranhas como a roupa dos personagens voltar ao normal após se transformarem em SSJ4,dos erros das regras estabelecidas e da falta de emoção nas lutas e criatividade dos eventos.Não é ruím,ela é razoável e talvez seu significado e importância seja mais sentimental do que técnico visto que representou o fim de uma era que terminou após 11 longos anos tal qual Cutey Honey Flash pro time de Sailor Moon. E ela trouxe coisas legais como alguns personagens que ainda aparecem nos jogos,versões alternativas dele chamadas Xeno em vários outros jogos e a quase unanime impressionante forma SSJ4 ,segue sendo oficial e bem feita.E agora não tenho mais razões pra ignorar GT,dá pra curtir ele sem pensar muito na série principal igual seus diversos filmes e spin offs.O recomeço da franquia só viria em meados dos anos 2000 com os novos jogos,a vinda da série pros EUA,o filme fracassado Live Action que fez a franquia ressurgir se expandindo em diversos novos spin-offs e uma nova série dando novo fôlego a franquia Dragon Ball.E GT faz parte de todo este legado. E só pra terminar por conta do Gaiden a ordem provavelmente é essa sendo o mangá a linha original então teríamos o DB(mangá) Daima(que não tem um mangá e foi escrito pelo próprio Toriyama) e o Super(mangá) enquanto o anime teríamos o Dragon Ball,Dragon Ball Z,Super(anime) e o GT como gaiden,e o Daima não fazendo parte da cronologia do anime.
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