Strange of Paradise: Final Fantasy Origins: estranho é apelido,esse é mais um jogo que tenta ser outro sem qualquer inspiração

 



Ah! Square Enix,Square Enix. Onde está aquela empresa que tanto surpreendia os jogadores com vários RPGs únicos e fantásticos da década de 90?onde está aquela empresa por qual me apaixonei graças a games incríveis como Chrono Cross,Parasite Eve, Vagrant Story e tantos outros?o que eu vejo agora é uma empresa sem inspiração que apenas segue tendencias e não as cria mais. E a prova cabal disso é Strange of Paradise. Quando FF VERSUS XIII foi anunciado todos estavam empolgados com o que viria pelo mesmo time de KH que mostrou um talento sem igual com esta franquia. Porém talvez o perfeccionismo de Nomura tenha atrapalhado o título de sair no tempo que eles queriam além das limitações técnicas do PS3 terem atrapalhado muito. Porém ele acabou mudando de diretor e equipe(e nome) e mudaram o foco do jogo pra um RPG que tenta seguir as tendencias do momento pra vender,visto que ele tenta ser um RPG de mundo quase aberto como os ocidentais estilo The Witcher 3 ao mesmo tempo que tenta focar nas raízes sendo um jogo não aberto totalmente pra fortalecer a narrativa porém sem experiência em algo tão grandioso o que vimos foi um RPG genérico que é sem inspiração alguma,sem desafio,com mecânicas nada eficientes que não consegue ser tão bom quanto um RPG de mundo aberto tampouco ser tão bom quanto os clássicos principalmente no enredo.Então FFXV foi minha real primeira grande decepção com a franquia. A Square parecia perdida enquanto empresas pequenas mas com grande potencial criativo davam um banho em como fazer títulos tão incríveis mesmo sem o poder aquisitivo da Square que são a From Software e a Nihon Falcom e principalmente a Atlus,uma velha concorrente agora. Com a popularidade de seus Souls Like a From vem ganhando uma legião de seguidores que engradecem a empresa graças a qualidade inquestionável de seus jogos que dão uma sensação única e espetacular. A Falcom mesmo ainda sendo de nicho por agradar mais o público otaku e não ter jogos que realmente chamem a atenção visualmente(a From tem uma direção de arte que compensa seu orçamento menor) construiu a franquia de RPG mas incrível que eu já vi na minha vida(vem matéria em breve,eu acho) que tornou o primeiro Universo Compartilhado de RPG realmente funcional como se fosse um MCU com um mundo em expansão,e jogos que se passam nele,trazem personagens e histórias diferentes mas que se complementam maravilhosamente com Trails Series de The Legend of Heroes e a Atlus j[á tinha uma série poderosa no Japão mas cuja popularidade cresceu no ocidente graças a Persona e um time criativo que trouxe Persona 3 e popularizou algo que era de nicho com criatividade,novas idéias e metade de um orçamento que qualquer Triplo A que existe(talvez seja menos ainda) e que elevou a enésima potencia com seu Shin Megami Tensei V e seu Persona 5 principalmente.




Mas aí a Square Enix trouxe aquilo que todos estavam esperando que foi KH3 e FFVII Remake que ninguém acreditaria que sairia e com a capacidade criativa neste último de reinventar a fórmula e agradar bastante com uma expansão incrível da obra original,é apenas uma parte mas muito bem feita. E quando eu pensei que agora a coisa iria andar ela me vem com um título que ninguém tava esperando e que soou absurdamente estranho como o próprio título sugere: Strange of Paradise: Final Fantasy Origins. Com uma qualidade bem pobre visualmente e o Team Ninja no comando do projeto e todo visual e conceito por trás eu já imaginava o que temia até que experimentei a demo do jogo,e mais uma vez é a Square Enix tentando seguir tendencias mesclando com sua própria fórmula igual ela fez com FF XV e repete isso aqui mais uma vez.




Strange of Paradise é uma tentativa de reimaginar o mundo de FF com uma versão alternativa do primeiro jogo com todo o conceito de derrotar o Chaos e a lenda dos 4 guerreiros da da luz. Porém,entretanto,todavia,ele tenta dar um toque de Dark Souls na coisa toda. É isso que você está pensando mesmo: SoP é basicamente um Dark Souls com FF misturados. Então temos uma ambientação mais dark que o normal tanto que os personagens não são guerreiros da luz puros,eles são uma espécie de luz obscura,e eles tem um visual que tenta ser realista,ao mesmo tempo que tenta ser um pouco do estilo FF pra não parecer tão sombrio quanto Dark Souls é.E esse realismo faz com que tenhamos um personagem de cabelo espetado típico da série mas que usa camiseta e jeans igual você usaria no seu dia a dia fazendo o visual ser muito genérico e sem graça.Até pra fazer cosplay,basta comprar a roupa numa loja que seja igual e pronto,não precisa fazer mais nada.Eles até ganham depois um visual mais legal porém n´[e,sem muita inspiração também. E agora os personagens possuem nomes(igualmente genéricos como Jack ou Ash) e uma personalidade,ou uma tentativa pois esse jogo tenta estranhamente ser fiel a proposta do FF,então basicamente o protagonista tá andando na rua e encontra os outros futuros membros,o cristal deles reage indicando que o cara é um guerreiro da luz e por conta da lenda eles imediatamente se tornam companheiros. E é isso.Aí eles cumprem as ordens do rei em diversas missões pra poder derrotar o vilão Chaos como era no primeiro jogo. Mas será que era isso mesmo que a gente queria?um FF sombrio e realista mas que não é tão realista na construção dos personagens?esse jogo é como bater no liquidificador um monte de fórmulas de qualquer jeito pra ver no que é que dá.




No gameplay a mesma coisa que vemos em Dark Souls com grande foco em dificuldade,apesar de que você pode escolher o nível de dificuldade antes da partida mas o padrão é ser o equivalente mais ou menos ao que Dark Souls faria.Aí temos ataque no R1,outro mais forte no R2,defesa no L1,as poções limitadas estilo Estus Frask,os Save Points estilo fogueira que respawnam os inimigos e você pode upar seu personagem e restaurar suas "Potions Estus" porém usando uma Party e tendo os Jobs do FF pra pausar,trocar entre um ou outro,ganhar habilidades,equipar armas e armaduras que alteram a aparência do personagem(mais uma vez fugindo do RPG tradicional pra ir pro estilo Souls) e o combate mais cadenciado(ao menos melhor que FFXV) e com dificuldade elevada. Porém temos um foco em narrativa ao invés da subjetividade de Souls mas menos profunda(muuuuito menos) que qualquer FF atual,tanto que esse jogo até sofreu até de forma meio injusta zueiras inúmeras por causa disso,mas eu vi que eles queriam ser fiéis ao FF original. Só que né,não é isso que jogadores acostumados aos jogos atuais bem querem não.E o visual é bem pobre,será que até tentaram fazer um jogo com orçamento similar pra tentar imitar Dark Souls? Só que sem a direção de arte fantástica da franquia da From e os serrilhados absurdos que parecem um jogo de PS1 fica difícil.Eu não vou falar muito sobre o jogo em sí porque joguei muito pouco,o suficiente pra ver que minha convicção com ele estava certa e decidi fazer esse artigo apenas pra mostrar o quão genérico esse jogo é como qualquer clone da franquia Souls que existe. Eu sinceramente não tenho vontade de jogar mesmos e um dia derem de graça na PSN,eu já não curto os clones de Souls porque ao invés de eles copiarem a  filosofia da From Software de fazer jogos criativos e desafiadores eles querem copiar o jogo todo em sí,e criam clones sem alma alguma,apenas querendo seu cascalho fácil com algo que você gosta.Sabe de uma coisa?compre Elden Ring no lugar dele.

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