Final Fantasy XV Royal Edition: um RPG mais pra novatos do que pra fãs

 




O tumultuado desenvolvimento

Não dá pra falar de FFXV sem falar do conturbado desenvolvimento dele,algo que já estamos carecas de saber,o jogo foi anunciado em 2006 como parte do Fabula Nova Crystallis que seriam 3 jogos em mundos distintos compartilhando a mesma mitologia e que FF VERSUS XIII seria desenvolvido pela mesma equipe de Kingdom Hearts tendo Nomura como idealizador e diretor do projeto porém inúmeros problemas surgiram,primeiro o jogo foi revelado cedo de mais sendo que nem estava em pré produção pra criar o hype,depois o time teve que ajudar a euipe a terminar FFXIII que era prioridade em 2009.E depois o projeto ficou grande demais pras limitações do PS3 então pensaram em migra-lo pro PS4 e isso tudo foi emperrando o desenvolvimento.A equipe de FF Type 0 foi chamada pra se unir a equipe e Nomura ganhou Hajime Tabata como Co-Diretor. A história sofreu alterações porém a premissa de VERSUS xIII seria mais sombria e melancólica inspirada em Romeu e Julieta de Shakespare tendo Noctisd e Stella,ambos com os mesmos poderes mas de lados opostos num conflito entre reinos na luta pelo poder dos Cristais que regem o mundo de Eos,e o jogo traria um mapa imenso do mundo relembrando os RPGs mais clássicos da franquia,porém as coisas mudaram muito e depois que ex funcionários da equipe de desenvolvimento foram a fóruns revelando todos os bastidores e como seria o enredo de FFXV tudo ficou mais claro. Como a Square Enix anunciou KH3 ela não queria provavelmente melar o acordo com a Disney e fez Nomura dar prioridade total ao projeto abandonando FFXV e deixando tudo nas mãos de Tabata. Este deu sua visão de jogo e assumiu o projeto que foi praticamente refeito nos 3 anos restantes de desenvolvimento então FFXV foi um projeto refeito pelo menso umas 3 vezes até o jogo final. Tabata abandonou a trama mais sombria que Nomura,retirou a Stella do jogo trocando por outra personagem parecida chamada Lunafreya e cortou praticamente tudo que tinha no trailer da E3 2013 onde Nomura ainda era diretor e tomou algumas decisões questionáveis que afetaram bastante o estilo e a coerência da obra como um todo,algo que é facilmente perceptível quando jogamos e observamos as informações ditas nos fóruns por estes ex desenvolvedores.O jogo tinha uma trama muito extensa que poderia ser dividida em 2 jogos porém alguém queria(talvez a chefia da SE) que fosse em um apenas então tiveram que fazer cortes.Cortaram parte do conteúdo do jogo e transformaram em outras mídias,o filme de 2h chamada Kingsglaive e um anime de 5 episódios de 15 min cada chamada Brorthehhod. No filme conta como o Império de Niflheim invadiu Lucis após fingir um acordo de paz.O protagonista é Nix um membro da guarda do Rei que tinha como missão proteger Lunafreya,a noiva do filho do rei Regis,Noctis e leva-la em segurança pra longe da cidade.A segunda fala dos amigos de Noctis e seu background,então ambos são necessários pra não ficar boiando no jogo. Depois Tabata mudou o tom e transformou o jogo numa viagem de carro entre o príncipe e seus amigos até ele descobrir o que aconteceu com seu pai e partir pra enfrentar Nifilheim. E pra reforçar isso cada um dos amigos do Noctis teria uma característica especial que aumentava de lv com a viagem,Noctis eram suas habilidades de pesca,Gladiolos com sua sobrevivência,Prompto com sua habilidade de fotografar e registrar momentos da aventura e Igniz com a capacidade de cozinhar e trazer bônus pro seus status no dia todo com cada refeição. E o medo de que esses elementos se conflitassem com uma história épica de retomada de um reino caído acabou se tornando real ao jogar o jogo e percebo facilmente não apenas isso mas inúmeros outros problema deste jogo que parece uma jornada incompleta ou pelo menos feita as pressas,com inúmeros cortes pra fazer tudo no prazo do lançamento e infelizmente vendo como seria VERSUS XIII,os gameplays antigos,os cortes do trailer da E3 eu penso que FFXV acabou se tornando um jogo que prometia ser épico e inesquecível mas que se tornou um RPG simples e genérico,muito aquém do nome que FF carrega,gerando uma decepção profunda em mim que sou fã da série e fica pior porque joguei este jogo logo após finalizar o maravilhoso FFVII Remake do próprio Nomura a sensação fica ainda pior e mais evidente,a decepção de ver um projeto especial com ótimos conceitos fazer tudo de forma tão pobre é algo que dói bastante.


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A fantasia baseada na realidade ou desconectada dela?

Eu confesso que a idéia de FFXV de trazer uma fantasia baseada na realidade ser muito interessante,onde temos um mundo tipico de RPGs mas onde monstros são apenas animais comuns na fauna daquele lugar,e até você pode dar de cara com verdeiros bosses que estão ali de boas perto de um rio,e pra chegarmos em locais e cidades ao invés de caminharmos a pé ou com airships usamos o nosso veículo pessoal pra atravessar as rodovias e estradas,estas com postos de gasolina e lanchonetes no caminho,e que vão desde áreas desertas até bosques belíssimos,pontes imensas,lagos,rios e resorts. Viajar de carro é um tanto demorado e repetitivo(igual no mundo real) porém pode ser agradável no clima adequado a você.no meu caso eu adoro andar de carro a chuva pois al´m do clima realista de um céu nublado toda a paisagem muda radicalmente e te dão mesmo a sensação de estar em um dia chuvoso.Porém todo esse romantismo acaba perdido por conta de limitações do jogo,por coisas mal desenvolvidas no mundo e o próprio formato da aventura em sí que possui inúmeras discrepâncias. Não resta dúvida qde que a amizade de Noctis com seus amigos é bem legal,os personagens tratam Noctis como um cara normal e eles ficam se zoando e fazendo comentários engraçados,as vezes até rompendo a quarta parede quando Igniz fala “isso parece um RPG” e pra mim em certos momentos de fato parecia um RPG,parecia um jogo e não uma jornada e tudo por causa do formato abordado. Tirando aquele clichê do império querendo dominação mundial e tomando um reino,algo que vimos anos atrás em FFXII e é recorrente na franquia mas a idéia ainda assim me deixou animado pra uma jornada épica,porém tudo isso é frustrado pelo péssimo design do jogo que é tão estranho que eu sinto que FF foi desenvolvido por várias equipes que não conversavam entre sí e juntaram tudo pra ver no que dá. E pra piorar tiveram que correr contra o tempo e acelerar o passo no desenvolvimento na segunda metade,algo tão absurdo que é melhor deixar essa parte mais pra frente. A idéia de Tabata é fazer uma viagem relaxante de carros onde exploramos um mundo semi aberto gigantesco muito similar ao momento que pegamos o mapa mundi nos jogos antigos.Parece legal mas logo isso vai revelando suas falhas.Pra fazer isso literalmente temos que deixar o objetivo principal marcando em laranja no mapa e ficar vagando a toa por aí e isso quebra bastante o ritmo da história logo de cara.Como a trama não havia começado de fato não existia muito problema nisso.No caso Noctis viaja com Regalia de ponto em ponto com áreas pra estacionar e alguns casos em postos que possuem lanchonete na beira da estrada e duas áreas enormes a esquerda e direita da pista principal,Então nosso grupo vai a lanchonete,conversa com o atendente na primeira opção,então ele marca diversos pontos de interesse no mapa,desde ingredientes,tesouros,pontos de magia,acampamentos etc. Comer algo pra ganhar buffs ou aceitar fazer caçadas onde caçamos monstros mais fortes que o normal e subimos de rank pra pegar trampos maiores.Então saímos,marcamos no mapa os ítens que queremos pegar,encaramos loongas caminhadas até ele,algumas vezes encarando batalhas com monstros que aparecem no caminho ou nos farejam e pegamos o ítem,vamos para o próximo e repetimos isso até acabar tudo e seguimos pro ponto que faz a trama andar. E isso com comentários até divertidos do grupo mas sem cutscenes interessantes já que não estamos fazendo a trama andar mas que se repetem algumas vezes.Muitos momentos os personagens até fazem comentários legais sobre o mundo do jogo,mas mesmo assim nada de muito bom.As caçadas seguem a mesma falta de inspiração,encontramos o ponto onde o monstro está,o derrotamos e voltamos a lanchonete pra receber a nossa recompensa.Alguns ficam disponíveis apenas a noite e só isso.Não tem nada melhor elaborado. Quem jogou FFXII sabe que as caçadas eram a melhor coisa do jogo,até encontrar as criaturas eram uma atração,os Elite Marks eram uma verdeira epopeia não só pra derrotar como pra conseguir encontra-los fazendo tarefas corretamente como abrir portas certas em alguns lugares,não era algo óbvio porém em FFXV toda santa caçada é a mesma coisa,sendo que o único diferencial é se é um inimigo ou vários ou se está de dia ou noite. Quem viu o Dead Eye,inimigo da demo onde temos que seguir seus passos em stealth e usar latões de óleo com magia de fogo pra causar danos.Mas é só aquela a mais elaborada pois é uma quest pra liberar os chocobos do mapa. E você só precisa derrota-los como se derrota os monstros comuns já que eles são apenas monstros um pouco mais fortes que os comuns da área. Esse processo todo é moroso e você perde muito tempo fazendo coisas repetidas sem andar a trama e sua recompensa é pior que a encomenda: ficar forte demais pois qualquer coisa te dá exp e logo o desafio especialmente na trama principal se perde totalmente. Ainda temos as sidequests. Ah, as sidequests,que sofrem da mesma falta de inspiração.Quase todas elas são simples leva e trás de ítens. Um personagem quer um ítem te pede pra ir até tal local buscar,você vai pega entrega e recebe recompensa.As vezes você recebe coisa como desafio de pescaria com Noctis e um NPC mas só.Apenas com certos personagens especiais como Cindy que rola algo legal mas nada que impressione ou que dê importância pro mundo ou acrescente a ele.A única recompensa pra mim pelo menos foi andar de carro por 7 km de Duscae a Lestallium com belas paisagens inclusive na chuva,e tudo é tão crível e tão realista que temos de bater palmas pros designers do jogo,é coisa realmente linda e que impressiona principalmente o lago de Duscae. Só quando se pega Chocobos que a exploração e torna menos entendiante.Eventualmente você pode ir a qualquer lugar e até Dungeons antes mesmo de serem acessadas na trama(apenas pra saber que tem uma porta com uma chave que você tem que ter pra acessar) e até uma corrida de Chocobos mas ainda assim explorar o mundo é mais interessante por sua beleza contemplativa,principalmente porque os monstros parecem algo mais natural,cada um vive em seu habitat dando mais realismo,um chefe é apenas um monstro comum que você encontra.Porém a coisa fica realmente feia quando a trama engrena e temos elementos de gameplay e design do jogo que parecem nem sempre concordar com o clima em que a trama nos coloca.Nesse caso são as habilidades individuais e que servem pra dar uma personalidade própria a seus personagens e te jogar num clima de viagem entre amigos. Noctis é a pescaria,Prompto tira fotos,Igniz cozinha pra dar os buffs que só podem ser obtidos dessa forma ou usando certos ítens em combate,Gladio usa a sobrevivência e isso faz os personagens adquirirem até novas técnicas que eles usam durante batalhas e outras coisas só que no momento em que a jornada de viagem calma é modificada por momentos tensos logo vemos como isso é muito mal implantado e te tiram completamente da jornada fazendo você realmente está num jogo onde tudo é programado e nada precisa combinar entre sí. Logo de cara Noctis recebe a noticia no fim do capítulo 2 sobre seu pai ter sido morto e seu reino tomado,e no inicio temos chuva,cidadãos assustados com as noticias e até as fotos do Prompto não tinham mais comentários mas logo isso tudo desaparece após conversamos com Cid.É como se nada tivesse acontecido e estivéssemos num universo paralelo onde Lucis nunca foi tomado e Regis nunca foi morto.A trama parece ocorrer distante do grupo e nada afeta o mundo e as pessoas que seguem tranquilas a sua rotina.E até Noctis e seus amigos voltam a fazer suas conversas,tirar fotinhas maneiras e sair por aí.Logo que chegamos ao restaurante o dono diz que Cid o pediu pra te delegar tarefas pra faze-lo amadurecer já que não ia poder sai por um tempo.Tarefas extremante recompensantes pro seus crescimento pessoal como pegar tomates em algum lugar pra ele fazer um parto especial. E imediatamente parecemos mesmo que estamos num jogo com tarefas programadas onde deixamos a história de lado pra fazer coisas bobas apenas pra ganhar ítens e experiência,e isso é ainda mais ultrajante quando vemos FFVIIR integra tão bem as sidequests com a trama do jogo.No inicio antes de fazer algo grande Cloud é incentivado por Tifa a fazer tarefas(e mante-lo na cidade mais tempo) pra ganhar uma grana pois ele é um mercenário e topa tudo por uma grana,até resgatar gatos e isso te aproxima das pessoas do Setor 7,as pessoas,seus modos de vida e tudo tem peso quando o pilar desaba.Nessa hora Cloud ajuda as pessoas,muitos perderam tudo e estão em situações difíceis integrando realmente a trama e o que acontece nela,não é algo separado.Se comparar com as quests de Witcher 3 então é como um elefante com uma formiga. E essa coisa ainda piora. Eu realmente só senti de fato o clima de aventura entre amigos combinar com o que estávamos fazendo quando Íris,a irmã do Gladio se une a nossa equipe,além de ela trazer leveza de forma mais natural mesmo após um evento triste ela te incentiva a parar no caminho pra explorar,aí as fotos do Prompto da jornada ficam melhor encaixadas com o momento.

E aí chegamos na segunda metade do jogo e o que dizer sobre ela?basicamente ela te tira do mundo “aberto” pra te jogar numa jornada linear.Eu até entendo e não condeno isso,já que pelo que eu observei no momento onde Lunafreya morre os personagens são jogados em uma série de eventos que te levam pra frente e te impedem de ter uma jornada convencional viajando com seu carro.como era antes mas ao mesmo tempo ele te causa uma sensação estranha porque normalmente os RPGS japoneses focam na narrativa e depois de certos eventos eles liberam o mapa parcialmente pra você tenha alguma exploração e perto do final ele disponibiliza um meio de você atravessar o mundo inteiro e ir a qualquer lugar e fazer sidequests,buscar ítens,dungeons opcionais etc.E FFXV faz o oposto,ele te dá tudo isso no inicio e tira perto do final.As vezes tenho a sensação que eles só querem ser coerentes com o que acontece na trama quando conveniente,antes eles nem se importavam com isso e agora de repente passaram a se importar. Por mais que as pessoas reclamem de FFXIII não dá pra negar que o jogo tenta ser coerente com aquilo que acontece na trama e o que você joga,ou seja o jogo não tem exploração por dois fatores,um foi o design que eles queriam fazer,algo parecido com FPS onde você avança derrotando os inimigos e seguir a trama do jogo afinal ali os personagens eram os inimigos da humanidade,e logo explorar cidades e caçar ítens pra NPCs não seria coerente,tanto que na primeira cidade onde você decide visitar disfarçado ocorre uma tragédia onde o Sanctum te persegue matando os inocentes que estão no caminho pra isso.Só quando você chega em Pulse que não estamos presos as regras da sociedade de Cocoom e temos uma paisagem selvagem sem humanos é que somos livres pra explorar,fazer caçadas etc,mantendo a coerência de não ter ninguém ali.Isso pra mim é integrar perfeitamente o que se joga com a história e FFXV é bem desconjuntado por isso,quando é conveniente ele leva em conta o enredo como quando Igniz perde a visão e Noctis discute com Gladio ele mostra durante a exploração o clima tenso do grupo com Gladio te dando indiretas sempre que você não o espera,bem diferente quando o rei Regis morre e o grupo descobre,fica o clima ruím no ar mas ele logo desaparece e somos jogados no clima leve de exploração de antes,isso mostra como o jogo é desconjutado. Porém uma outra sensação que tenho é que isso foi feito mais devido a pressa que a que manter a lógica porque a própria trama é mal desenvolvida e repleta de buracos que falarei no tópico da história e não te dá uma sensação satisfatória que o mundo fechado é necessário nessa hora. No fim do jogo a minha única diversão foi no capítulo 13(este consertado após um patch) pois nele controlamos Noctis completamente desarmado apenas com o anel do Rei pra sugar a vida dos inimigos e que te deixa bem vulnerável fazendo a travessia dificil,e uns momentos meio Survival Horror com vários momentos que te dão sustos e te causam tensão.O problema é que praticamente quase não existem interações,a a maioria está no caminho opcional com Gladio e Ignis onde o gameplay muda pro da DLC do Gladio que falarei logo mais,e ele esclarece pontos como quando Ravus foi morto entre outros buracos na trama no jogo base,o estranho é que se escolher um caminho não dá pra saber como seria se fosse por outro a não ser que salve num slot diferente pra ver ambos. O próprio Ravus é um Boss mais interessante que a maioria que se enfrenta.Aliás tocando nesse ponto os chefes são uma decepção,a maioria não te incentiva a pensar em táticas distintas e se você obteve exp com as sidequests vai ficar pior ainda,curiosamente pelo mapa existem sub chefes que são criaturas imensas,em um ponto existe uma serpente gigante perto da caverna onde obtemos uma arma sagrada e ela tem lv 80,o ideal é evita-la de qualquer jeito.e ainda falta lógica em certos chefes normais pois um Cerberus e dá mais trabalho que Ifrit que é um dos deuses do jogo.

Já os DLCs trazem jogabilidade um tanto alteradas.Em Episode Gladiolos vemos porque ele deixou a equipe.O objetivo era ir numa dungeon lendária derrotar Gilgamesh e mostrar seu valor como o escudo do rei. A jogabilidade assume mais uma postura Hack’n Slash e se mostra melhor no combate que o jogo principal principalmente por te obrigar masi a se defender.O Episode Ignis ele tenta ser mais estilo Dynasty Warriors com Ignis encarando uma enxurrada de inimigos tendo de dominar teritórios mas devido ao formato curto e isso não influenciar muito no gameplay porém aqui não faz diferença alguma. Ignis pode usar elementos nas suas armas sendo que cada um é bom pra um tipo de combate. A maior contribuição acaba sendo na trama pois descobrimos como Ignis ficou cego e temos mais de Ravus que mal aparece na trama principal embora não resolva totalmente os problemas desse personagem na trama tendo um final alternativo que não faz o menor sentido.O DLC do Prompto é o pior em termos de gameplay e bem decente no desenvolvimento de personagens. Ele vira um quase TPS e me fez lembrar o pesadelo que foi Dirge of Cerberus onde usamos diversas armas de fogo como a pistola padrão de tiro infinito,metralhadoras,fuzis e bazucas e em todas exceto a pistola temos que mirar em primeira pessoa,o gameplay não é muito bom assim que nem DoG.E por fima  DLc do Ardyn que te dá a sensação de controlar alguém overpower e imortal,algo irônico onde você precisa desativar as torres que sustentam a barreira de Insomnia e tem algumas evoluções básicas mas nada de mais também. 

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Os sistemas de combate também não ajudam

Se FF tivesse um combate legal ele poderia ser compensada toda essa exploração meia boca do jogo porém a coisa aqui é triste. O sistema de combate de FFXV é tão simples que dói. Você controla somente Noctis mas ele pode equipar todos os tipos de armas dos seus companheiros e trocar entre elas,cada arma é eficaz contra um determinado inimigo e varia de espadas,lanças,espadas de duas mãos,adagas,e pistolas(bons pra voadores) e atacamos com o círculo apenas segurando o botão pra fazer combos e trocamos de armas com o direcional onde as equipamos.o quadrado esquiva gastando MP ou esquiva.o Triângulo serve pra usar a Translocação,ou seja Noctis arremessa a arma com um dardo e ele se teleporta avançando.Ao apertar quadrado perto de rochas ou barreiras ou nos pendurarmos no alto recuperamos o MP e o HP. Com L1 chamamos os companheiros pra um ataque especial dos seus parceiros com Noctis podendo seguir,em alguns casos podemos aparar o ataque inimigo e contra-atacar e usamos magia que equipamos antes. Primeiro é preciso usar o catalisador e um frasco vazio pra cria magias de fogo,gelo e eletricidade com número de vezes pra usar em batalhas até esvazia e temos de craftar de novo equipando em Noctis ou nos seus parceiros.s magias afetam o terreno e podem atingir seus companheiros também,se bem que quase não faz diferença por conta de uma fato imprescindível: a dificuldade.As batalhas de FFXV são extremamente fáceis e dificilmente você perde. Se é nocauteado Noctis fica atordoado e perde seu HP Máximo podendo recuperar apenas o máximo HP que deixou,se quiser recuperar su HP Máximo tem de usar um elixir. Você se recupera também se um aliado te cura ou quando você faz com um aliado também.Se o HP chegar a zero você ainda pode usar um Phoenix Down em sí mesmo(sim,é bizarro) e você só perde se todo mundo for abatido ao mesmo tempo ou ficar sem ítens o que é difícil já que é fácil conseguir item e dinheiro nesse jogo. Pra piorar só temos a mesma variedade de ataque e apenas melhoramos certas coisas como a Translocação ou uma defesa perfeita na hora certa,novos especiais pros parceiros,coisas que diminuem gastos de MP e só,nada que altere o combate de forma significativa,a não ser um ataque apelão quando juntamos as armas sagradas que gastam HP que Noctis,temos apenas 3 magias e variações dessas como fire II ou Thunder II,esqueçam aquela coisa de magias de tempo,de cura,de debuffs,não temos nada disso e os buffs é só pela comida que consumimos por Ignis ou restaurantes,ou ítens usados em combate específicos como Revigorantes.O que dá pra alterar é usar catalisadores pra alterar as magias bases.Se combinamos com Potion ela nos recarrega HP,com antídoto,causa envenenamento nos inimigos e assim por diante,mas não é nada que altere drasticamente o gameplay. Logo as batalhas de FFXV se tornam chatas e repetitivas e a AI se torna enfadonha em combates mais pesados onde ficamos apenas recuperando o HP o tempo todo enquanto sofremos ataques fortes(e ainda assim não conseguimos perder) e martelar o botão de ataque é o que você faz já que não precisa ter grande pericia neste jogo,parece que a idéia da tela inicial se perde,era pra ser um FF pra fãs e novatos, porém os novatos se beneficiam mais que os fãs da série que não tem o mesmo desafio e variedade,eu terminei esse jogo sem tomar um único Game Over,em FFVII Remake eu levei vários porque o game me punia por jogar mal e eu era forçado a usar a cabeça pra encontrar a tática perfeita.Em FFXV você só vai ter desafio a partir do ravus como chefe lá pelo final do jogo e tem muitos chefes bons como os reis possuídos que dão mais desafio que o próprio Ardyn(esse tem a pior batalha final já vista num jogo). Algo que agregaria bastante e se tívessemos mais chances de ter a Cindy ao nosso lado em sidequests igual ocorreu com a Iris pra compensar a falta de variedade do grupo

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E a cereja do bolo: uma trama interessante mas repleta de problemas

Em FFXII a trama era muito fraca e os personagens também,ms ao menos todo o resto valia ouro no jogo e foi fácil encarar o jogo porém em FFXV se os elementos de gameplay não satisfazem a história pelo menos deveria,a franquia quase sempre teve ótimas trama s e personagens marcantes mas não FFXV que decepciona muito principalmente pelos cortes.É como aquele mangá super bem feito até a metade que depois acaba o autor se perde ndo e a qualidade caindo,a pressão do cancelamento vindo,e ele tendo de correr pra terminar tudo a tempo.Essa é a sensação que FFXV passa.O mundo de Eos é comandado pleos deuses e por Reis escolhidos pelo Cristal capazes de usar seus poderes conhecido como Arminger e através de um anel.Nesse muindo o Império Nifilheim como de costume é expansionista e quer seu poder pra ter controle sobre tudo.Pra evitar um conflito um acordo de paz é formado e deixando alguns territórios de Lucis sob controle do governo e deixando autonomia as pessoas através do casamento entre Noctis e a Oraculo(pessoas capazes de se comunicar com os Archeleans,os Summons dos FFs e os deuses dese mundo) da região de Tenebrae também sob domínio de Nifilheim. Porém o rei Regis sabia que esse acordo não ia durar e mandou Noctis pra longe do reino pra visitar Lunafreya em Altissia antes que o piro aconteça.e como sabemos vendo o filme Kingsglaive o acordo era uma fachada pra Lucis abrir a guarda e tomarem a capital de Insomnia. Longe dali Noctis e seus 4 confidentes,o estrategista Igniz,seu amigo de infância Prompto e o guarda pessoal Gladiolos vão no carro do pai o Regalia até ali curtindo a viagem,isso até descobrirem de longe o que ocorreu tendo que ir até tumbas atrás das armas sagradas e se tornar o novo Rei e tomar seu reino de volta.Como eu falei muito mudou do conceito de FFXV pela idéia do Tabata te dar um clima de viagem entre amigos,e os inúmeros cortes no enredo prejudicam e muito a trama.Temos poucas cutscenes explicando a história,apresentando personagens,e o jogo tenta compensar com aquelas conversas durante o gameplay ao estilo de FFXV,mas mesmo assim é insuficiente.É como se víssemos tudo do ponto de vista de Noctis e seus amigos e a história vai ocorrendo longe dos olhos do rapaz,momentos que na verdade te deixam completamente perdido sendo um espectador além de jogador.Personagens como Aranea surgem meio que de paraquedas e temos alguns momentos de diálogo quando ela se une momentaneamente no nosso grupo,mas não temos muitas cenas de corte pra vermos melhor suas expressões e como ela é,assim como os vilões.Muitos deles tem papéis patéticos na trama como Caligor o cujo maior papel na trama é falar algumas coisas de forma indireta sobre Ravus e ser raptado de forma tosca pelo seu grupo pra pegar o regalia de volta.Vestaliun é o cientista que criou Magitek combinando demônios e máquinas mas acaba sendo apenas o vilão ambicioso que queria usar seu experimento pra virar um Deus.Depois ele retorna pra enfrentar Ignis da DLC dele mas não melhora muito sua participação.E Lunafreya coitada é a amada de Noctis,sua prometida mas tem um papel menor que a Cindy,a mecânica que quase nunca aparece na trama e isso é grave,ela devia ser mais importante,além da participação dela no filme que já não é grande coisa as únicas vezes que vemos Luna em cena são em poucos flashbacks do Noctis e em outro com ela curando as pessoas,e depois em Altissia com ela falando com a secretária,discursando com o povo,e invocando leviatã e morrendo no processo sem antes dar poderes pro Noctis lutar contra ele.O impacto se perde porque vemos muito pouco dessa personagem além do romance dela com Noctis ser pouco explorado pra te convencer de todo o amor que eles sentiam mesmo sem se verem por anos,o que faz ser inferior a outras histórias de amor que vimos na franquia.Em certos pontos parecia que os produtores não tinham tempo o suficiente pra desenvolver a trama e a solução foi cortar muita coisa,muitas delas pra elaborar melhor certas tramas e explicar certas coisas.No início parece que eles cortaram coisa pra adicionar momentos de exploração,e a trama já não parecia essas coisas,e ocorriam em algum lugar distante onde só vemos o ponto de vista de Nocts,não podemos ver o que rola longe dele,e quando vemos é bem curtas as cenas com o império.na segunda metade parecia que estavam com pressa pra terminar o jogo.Logo de cara em Altissia percebemos esse problema. Igniz aparece cego do nada e não vemos isso até a DLC dele explicar,algo importante pra trama,e isso é pago,exceto se comprarmos o Royal Edition.O grupo tem uma discussão e o clima fica ruím pra irmos até o Sepulcro atrás da próxima arma onde tudo é resolvido com diálogos parecidos com o inicio mas de repente todos se acertam rapidamente.A coisa é tão bizarra que estamos no capítulo 9 e cerca de pouco mais de 1:30/2h depois estamos praticamente no capítulo 12. Sendo que são 15 no total E sem dúvida a pior coisa da trama é que ela tenta mostrar tudo apenas do ponto de vista de Noctis como se o jogador fosse apenas o agente da narrativa e não também o espectador.Tudo que vemos está em algum lugar distante com o dito anteriormente,e nos é passado apenas por informações no rádio ou matérias em jornais.E como não vemos muitos desses acontecimentos não nos envolvemos com o mundo e com as mudanças dele e dos personagens secundários que estão com o império.De repente você vê Ravus fiel ao império e odiando o Rei Regis,em determinado ponto ele é preso após o incidente em Altissia(onde Luna é morta) e em seguida está tentando devolver a espada d Regis pro Noctis mas é morto por Ardyn.Foi preciso uma DLC pra detalhar um pouco mais o personagem mas que não resolve como eu disse antes.Não vemos como o personagem passou e como ele reagiu aos acontecimentos e claramente tudo isso era pra existir mas foi cortado e transformado no ponto de vista apenas do Noctis,visto que não faria sentido Kingsglaive existir se isso fosse parte mesmo do design da narrativa e não necessidade de cortar conteúdo.Da mesma forma fica evidente em outras partes do jogo.Do nada o rei Iedolas de Nifilheim vira um demônio sem deixar nos dar a chance de conhecer melhor esse personagem(o filme não ajudou muito) e como ele acabou daquele jeito.Sabemos que ele era só um peão(velho clichê) nas mãos do Ardyn mas não vemos desenvolvimento disso.Quando chegamos em Tenebrae o local está incendiado e o jogo tenta em vão mostrar o desespero das pessoas ali,e gente lembrando da Lunafreya mas sem provocar a sensação que você sente após a queda do pilar do Setor 7 em FFVII Remake por exemplo.Existe incoerências na trama do game ale´m da mitologia que originalmente era pra ter sido a mesma do Fabula Nova Crystalys mas que foi obviamente reescrita as pressas pro FFXV e é simples e desinteressante.O jogo tenta melhorar a narrativa com os patchs que saíram apresentando novas cutscenes como a que Shiva conta a história da revolta de Ifrit e os vários livros da versão Royal Edition que através de uma nova opção no menu de arquivos faz você entender melhor a mitologia e as principais cidades e eventos históricos.Mesmo assim não ajuda a compensar todos os cortes que fizeram pro jogo caber num único título.o capítulo 14 é um dos piores momentos que deveria ser grandioso,nele temos um timeskip e Noctis desperta 10 anos depois num mundo tomado por escuridão e demônios de uma forma similar ao FFVI mas nem chega perto da melancolia e impacto deste jogo,na prática nem parece que aconteceu algo grandioso e como temos que ter pressa pra chegar o fim nos é apenas explicado por textos as coisas básicas desse novo mundo.Não vemos tanto assim os rastros de destruição e desolação como FFVI nos mostrava tão bem mesmo com as limitações gráficas da época,não vemos personagens como Cindy e Iris,essa se tornou uma guerreira poderosa segundo nos informam e o reencontro de Noctis com seus amigos é como se ele tivesse ido na padaria alguns minutos atrás.Além de eles usarem as mesmas roupas mesmo 10 anos depois. A coisa só fica mais emocional quando Noctis agindo como Rei se pronuncia pra sua guarda real a Kingsglaive antes de confrontar Ardyn.Essa foi a melhor parte junto com o final,que é bem triste e bonito por sinal e toda essa parte final nos faz realmente pensar estarmos vendo uma trama épica digna de Final Fantasy porém ela acaba mesmo com todos os acréscimos ser insuficiente pois é extremamente clichê feito da pior forma possível. As DLCs ajudam a melhorar o desenvolvimento dos amigos de Noctsi em momentos solo e isso reforça mais o grupo de amigos.O problema é a DLC do Ardyn precedida de um OVA em anime de 13 minutos. Descobrimos que na história os deuses conhecidos como Astrais comandam o mundo e determinam um destino pra todos.Existe uma história onde Ifrit que era o amado da Shiva e que confiava na humanidade,perdeu sua fé e se rebelou indo pra escuridão e iniciou uma guerra sendo detido por seis outros Astrais e também  um rei escolhido por eles com o poder do Cristal que veio da casa Caelum.O Ardyn seria o segundo rei ele era justo e se dedicava a ajudar as pessoas porém ao tentar curar a Praga das Estrelas ele se corrompe mesmo sendo escolhido como o próximo Rei.Area sua amada e primeiro Oráculo acabou contando pra Somnus o irmão ambicioso e invejoso que usou isso pra enganar Ardyn e traze-lo pra aprisiona-lo,Ardyn resiste mais Area morre ao tentar protege-lo e ele desperta seu poder demoníaco sendo capturado e mantido preso numa ilha por 2 mil anoos até ser libertado por Vestael em seui plano de ascender ao divino.Quando Ardyn descobre que foi enganado ele se revolta porque ele nem pensava em se vingar.Os anos passam e disfarçado de soldado ele invade Insomnia disfarçado no dia de comemoração da fundação de Lucis e encara Regis mas é interrompido por Bahamuth e torturado pelo espirito de Area porque tudo é determinado pelos deuses e ele tinha que espalhar a escuridão de qualquer jeito e Noctis estava destinado a mata-lo sacrificando sua vida com o poder de todos os reis e assim eliminar a linhagem dos Lucis e Ardyn no processo e a praga junto. Ou seja mais uma história sobre um destino imutável que as vezes pouco faz sentido da forma que foi abordada porque até que ponto tudo foi predeterminado?Ardyn ser infectado curando os outros foi idéia dos deuses pra se livrar  da praga?era preciso reunir poder suficiente pra elimina-lo e por isso apenas o Noctis era o escolhido?Area e Somnus sabiam de tudo e agiram daquela forma já por premeditação?porque Somnus não era retratado no jogo como uma pessoa boa,ele eliminava os infectados e até os suspeitos de infecção os queimando vivo,era invejoso e ambicioso,de repente ao reencontrar Ardyn ele parece outra pessoa sendo mais gentil e sábio dizendo que não teve escolha porque Ardyn ficou impuro,não era digno de ser o Rei.os deuses sabiam que ao tentar curar as pessoas Ardyn se infectaria e viraria impuro e por isso ele foi escolhido como um Martir?E como Bahamuth conseguiu parar um Ardyn infectado com poder máximo junto do Ifrit sendo que o Ifrit teve que ser parado pelos outros 5 Astrais que não saíram ilesos tendo seus corpos adormecidos em vários locais de eos por anos?E o principal,existia a possibilidade do Noctis falhar na sua missão?ou os deuses interfeririam e o empurrariam pra cumprir na marra?as atitudes de Shiva,Leviatã e Titã eram pra fazer o Noctis provar ser digno?o que aconteceria se ele falhasse e morresse?sem descendente tudo iria cair ou escolheriam outro humano pra receber o anel?olha quantas perguntas o jogo deixa pelo fato de tudo ser extremamente vago e mal detalhado e no final ao invés de melhorar el só piora o que já era ruím e dando uma idéia que Ardyn mesmo sendo bom nunca teve escolha de nada e só se ferrou,e a nossa jornada parece incrivelmente manipulada tirando quase toda a beleza das partes que eram boas dela.

E olha que essa é a versão mais completa do jogo a Royal Edition que teve além de arquivos da mitologia do jogo tivemos vários patchs lançados antes da Royal Edition adicionando várias cutscenes novas como a da Shiva explicando a história do Ifrit,além da reformulação do capítulo 13 adicionando gameplay com Gladio e Ignis onde descobrimos mais da parte obscura da trama como quando Ravus morreu por exemplo e na própria Royal Edition onde eles adicionaram várias cutscenes novas inclusive a Kingsglaive que não aparecia no jogo base com quests pra se fazer ali,uma dungeon completamente nova e retrabalhada.As únicas custcenes que tínhamos era do Ardyn explicando o ponto de vista do Ifrit,o momento onde o Noctis escolhe a foto e o confronto final com Ardyn. Imagina se nada disso tivesse sido feito?e mesmo adicionando tanta coisa a trama é incrivelmente falha além de cortar partes importantes pra ser vendidas por DLCs que ajudam a esclarecer a trama do jogo,só na DLC do Ardyn que você descobre como as nações se formaram,a guerra ocorreu entre outras coisas. Além disso Tabata é um péssimo diretor e ele quase não consegue colocar emoção nas coisas,muitas vezes é tudo muito seco,longe da forte emoção das produções japonesas,parece até que ele realmente queria mais agradar o ocidente que o oriente com todas essas decisões que ele tomu neste jogo com apelo ocidental.

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Gráficos e trilha sonora

Sem dúvida a melhor parte do jogo,mesmo sendo superado hoje por FFVII Remake o visual de FFXV é espetacular,tanto os cabelos como as roupas são incrivelmente detalhados,parece que renderizaram cada fio de cabelo de Noctis e seus amigos de tão bem feitos que são,além de termos locais paradidiacos como o lago de Duscae,o Resort,a cidade de Altissia que é a coisa mais incrível que já vi num videogame,talvez sua maior realização,ela é imensa, com uma belena veneziana repleta de cachoeiras,estátuas imensas,mar pra todo lado e arquiteturas antigas,bem como o clima com neblina,a chuva que altera a paisagem,o clima ensolarado,o tamanho colossal de várias criaturas e os detalhes delas.O problema que o preço pela ambição do mundo semi aberto não mantem a mesma qualidade tendo vários locais com texturas pobres e paisagens feias além do jogo ficar abaixo dos 30fps em muitos momentos. A trilha sonora assinada por Yoko Shimomura é incrível e logo percebemos sua marca registrada nas suas canções sejam nas várias canções de batalhas incrivelmente empolgantes ou nos impressionantes corais orquestrados como a música dos Astrais que arrepiam cada pelo do corpo.Uma pena que quando estamos caminhando quando chegamos em um ponto a música para e o jogo fica em silêncio até outra música tocar quando chegamos em outra área

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Finalizando

Final Fantasy XV foi minha primeira grande decepção com a franquia.Mesmo jogos que não me apetecem muito como FFIX ou XII era de qualidade inquestionável (inclusive FFXII tem uma trama fraca assim como os personagens mais as sidequests,caçadas e gameplay eram tão fantásticos que compensou bastante isso)e o mesmo não vejo em FFXV que mais parece um jogo de rPG genérico feito por uma empresa pequena com orçamento gigantesco,e não um título grandioso da Square Enix. Quem acha que FFXV foi desenvolvido por todos esses 10 anos está enganado,ele no mínimo tem 3 anos de desenvolvimento,com 10 anos plenos o jogo seria incrível com certeza.O projeto inicial conforme foi revelado pro ex funcionários da Square mostravam que a trama seria grandiosa,obscura,trágica e que não caberia em um único jogo sendo bem surpreendente e com um gameplay tão épico quanto,mas com Tabata no comando tudo foi alterado pra um enredo totalmente clichê,feito na pressa,com inúmeros cortes pra caber num jogo e que seus principais eventos ocorrem longe dos olhos do espectador com um mundo vasto e belo mas que parece vazio e sem coisas interessantes pra fazer,onde sua liberdade acaba te tirando a diversão aos invés do contrário o que faz FFXV ser simplório perto de The Witcher 3 que sabe usar o mundo aberto e quer impressionar o jogador mas não apenas visualmente mas em todos os seus elementos.Com idéias interessantes mal encaixadas no seu contexto e que eram pra mudar tudo mas ao mesmo tempo não muda nada,um sistema de batalha entediante que não te leva a aprender a jogar e bola táticas variadas e que não te faz sentir que enfrentou um chefe memorável.Um jogo com pouca variedade já que sua trama te obriga a ter apenas 4 heróis e perdemos a variedade e possibilidades de mais interações e um elenco de vilões e secundários mal explorado.Em quase nenhum momento me senti numa jornada grandiosa ou épica,exceto nas partes finais,a superficialidade dos elementos te faz pouco se importar com tudo,temos um mundo vasto onde apenas visitamos uma cidade e temos uma fazenda e vários postos de gasolina,e só vemos grandiosidade numa cidade que ficamos pouco tempo.A mitologia abandona toda a parte fantástica do Fabula Nova Crystalis pra algo simplório e claramente reescrito as pressas,então não tenho muito que elogiar a não ser os personagens do grupo. Prompto é alegre,um tanto inseguro mais fiel e sentimental,Gladio é rígido mas também um amigão nas horas que precisa e Ignis é sábio e discreto.Cobrar por DLCs que explicam a trama principal ou criar um novo Season Pass frustrando quem comprou na pré venda é a pior atitude a se tomar. E FF sempre foi um game grandioso e imersivo,com a qualidade mais alta em seu gênero que as empresas se espelham e aqui parece apenas um jogo razoável com algumas coisas legais como passear de carro na chuva e as piadas que Noctis faz com seus amigos e que falha miseravelmente em todo o resto. Fica mais revoltante lendo o script todo do que seria FFVersus XIII e o resultado de FFVIIR nos faz pensar em quão épico seria se ele ainda estivesse no comando do jogo.a única esperança é o mundo Verun Rex dentro do Kingdom Hearts III que é claramente o Nomura tentando recriar FFversus XIII(aposto que nem ele gostou de FFXV) e quam sabe assim vermos um pouco do que seria se tudo fosse como planejado.Nos resta aguardar.

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